Terramar, 16 de Maio
No dia em que nos encontrámos, não me apetecia “ter” de vir embora.
O dia que se seguiu foi triste, melancólico e introspectivo.
Hoje o sol brilha e dá alento ao que realmente sinto e penso.
Só te posso agradecer o incómodo que me causas, as dúvidas que suscitas. Ainda bem que me dizes: “não estarás a enganar-te?!”. Tal como tu, eu também sei disso, mas sozinha, às vezes, vou-me esquecendo. Em conjunto temos mais força e é disso que precisamos quando remamos contra a maré.
A teoria é uma coisa e a prática é outra bem diferente, e é na passagem de uma para a outra que muitas vezes desanimamos pelo esforço a que isso nos obriga. Principalmente quando no horizonte não se vislumbram realidades melhores.
Por isso, é bom ter alguém que nos alerte, igualmente desassossegado e tão batalhador, ao lado.
Na minha passagem por Terralva, ganha especial significado o facto de te ter conhecido. No meio de tantas coisas “sem sentido”, esta parece ter sido pré-destinada...
Espero que continues por perto!
Um beijo grande.
Maria