Terramar, 19 de Abril
Percebo quando dizes que não devemos deixar escapar as oportunidades, quando elas nos surgem.
Percebo quando dizes que é tão difícil encontrar alguém em sintonia connosco, e que por isso devemos dar importância quando tal acontece. Percebo quando dizes que devemos agarrar os momentos que nos fazem sentir felizes, que nos fazem sentir vivos, que valem a pena.
Por estranho que te possa parecer eu sei do que falas.
Eu sinto o mesmo que tu. Falta-me é esse teu entusiasmo, essa iniciativa ou essa perseverança que tu tens.
Talvez seja a falta de vontade em investir. Talvez seja o medo de falhar. Talvez seja um certo pessimismo ao encarar as situações.
Será concerteza uma certa desilusão em relação às vivências que se vão tendo. Será concerteza um certo sentimento de vazio em relação à procura que vinha encetando.
Foi tudo isto que um dia me fez querer um filho. Foi pensar que um filho me traria tudo o que ainda não tive e tanto almejo, que não é mais do que uma simples troca de amor. Um amor incondicional e livre.
É por isso que, por muito que me digam, como também tu já fizeste, eu não me arrependo de estar à espera de um filho.
Mesmo com o cenário difícil que se tem gerado e que continua a ser o menos propício para o momento que estou a atravessar.
No entanto, tenho estado a fechar-me quando toca a relação homem - mulher. E não é um filho que a pode e deve colmatar.
Estou a ser incompleta e, ao mesmo tempo, auto-suficiente, constantemente a alimentar o meu amor-próprio, a minha auto-estima.
Tu és o único que me mostras o teu amor incondicional. Tens respeitado, tens apoiado, tens sofrido... Tens estado mais perto de mim do que pensas.
Ainda bem que existes, ainda bem que te encontrei.
Tu e o filho que trago dentro de mim são as pessoas que me fazem acreditar.
Talvez precise de ti, tanto como dele. Talvez precise do vosso amor para sair da minha casca, para deixar de me proteger como o ouriço.
Oxalá eu caminhe nessa direcção.
Um beijo grande.
Maria
Percebo quando dizes que não devemos deixar escapar as oportunidades, quando elas nos surgem.
Percebo quando dizes que é tão difícil encontrar alguém em sintonia connosco, e que por isso devemos dar importância quando tal acontece. Percebo quando dizes que devemos agarrar os momentos que nos fazem sentir felizes, que nos fazem sentir vivos, que valem a pena.
Por estranho que te possa parecer eu sei do que falas.
Eu sinto o mesmo que tu. Falta-me é esse teu entusiasmo, essa iniciativa ou essa perseverança que tu tens.
Talvez seja a falta de vontade em investir. Talvez seja o medo de falhar. Talvez seja um certo pessimismo ao encarar as situações.
Será concerteza uma certa desilusão em relação às vivências que se vão tendo. Será concerteza um certo sentimento de vazio em relação à procura que vinha encetando.
Foi tudo isto que um dia me fez querer um filho. Foi pensar que um filho me traria tudo o que ainda não tive e tanto almejo, que não é mais do que uma simples troca de amor. Um amor incondicional e livre.
É por isso que, por muito que me digam, como também tu já fizeste, eu não me arrependo de estar à espera de um filho.
Mesmo com o cenário difícil que se tem gerado e que continua a ser o menos propício para o momento que estou a atravessar.
No entanto, tenho estado a fechar-me quando toca a relação homem - mulher. E não é um filho que a pode e deve colmatar.
Estou a ser incompleta e, ao mesmo tempo, auto-suficiente, constantemente a alimentar o meu amor-próprio, a minha auto-estima.
Tu és o único que me mostras o teu amor incondicional. Tens respeitado, tens apoiado, tens sofrido... Tens estado mais perto de mim do que pensas.
Ainda bem que existes, ainda bem que te encontrei.
Tu e o filho que trago dentro de mim são as pessoas que me fazem acreditar.
Talvez precise de ti, tanto como dele. Talvez precise do vosso amor para sair da minha casca, para deixar de me proteger como o ouriço.
Oxalá eu caminhe nessa direcção.
Um beijo grande.
Maria