Terralva, 19 de Janeiro
Cá estou eu novamente a escrever-te. Ou será só a escrever para o papel, uma vez que não te tenho entregue os meus últimos escritos?
Preciso, sinto essa necessidade com muita força, de escrever, e depois ler, o que sinto por ti, o que vou sentindo na nossa relação.
Acho que é uma forma de aliviar a tensão resultante dos meus sentimentos mal, ou insuficientemente, vividos e partilhados.
É também uma maneira de tentar compreender o que se passa comigo e o que se passa connosco, talvez seja uma forma de tentar racionalizar um pouco as coisas.
Escrevo porque me apetece. Não sei o que vou escrever, começo a escrever e as ideias, os sentimentos vão tomando forma juntando palavras, algumas pouco utilizadas normalmente mas que nestas ocasiões (de enamoramento) nos saem mais frequentemente e com toda a naturalidade.
Não vale a pena, ao contrário do que dizes, poupar na sua utilização. Não será por isso que elas se banalizam, enquanto as sentirmos, isto é, enquanto estivermos enamorados e apaixonados. Também não será por isso, por muito as utilizarmos, que corremos o risco de nos cansarmos de as pronunciar ou de as escrever. Isso acontecerá quando, e só quando deixarmos de sentir vontade de as pronunciar ou de as escrever porque, entretanto, deixaram de fazer sentido, porque deixamos de sentir os afectos que nos motivavam e impeliam a dizer e a escrever essas palavras.
Enfim, já vai longe esta conversa.
O que quero, hoje, é registar o que penso e o que sinto deste período que passámos juntos.
Apesar de não ter correspondido completamente às minhas expectativas, foi muito bom.
Acho que não correspondeu exactamente ao que desejava porque queria o máximo, que fosse inesquecível pelo prazer que nos proporcionasse, o que aumentou em mim a ansiedade e a tensão, e tu estavas muito menos disponível, continuas com muitas reservas...
Por isso, e pelas limitações que antecipadamente tinhas anunciado que poderiam existir, acho que foi muito bom. Acho que, ainda que por breves momentos, o mundo parou mesmo, pelo menos para mim.
Foi pena que não estivesses mais disponível e que eu, com a minha ansiedade, não tivesse sido capaz de contribuir mais para que se estabelecesse melhor ambiente entre nós, mais descontraído.
Gostava muito de ter sido capaz de aproveitar melhor este tempo, passado na tua companhia, para te procurar conhecer melhor. Às vezes, pareces-me tão enigmática! E parece-me que tu gostas disso, que cultivas isso. Fico enrascado por não perceber bem o que se passa contigo, o que sentes e como sentes, o que queres, que importância atribuis à nossa relação, se constitui um desafio estimulante ou, pelo contrário e tendo em conta as complexidades que encerra, se não será preferível fugir-lhe.
Entendo, e acho bem que faças por preservar isso, que precises de espaço para ti, para os teus amigos, para os teus colegas, para os teus trabalhos, para os teus inúmeros interesses, que são fundamentais para o teu equilíbrio.
Mas julgo que precisarás de dar mais importância e, em consequência, arranjar mais disponibilidade para o namoro, a paixão, o amor. Ou então aquele equilíbrio corre o risco de não ser alcançado.
É bom, é muito gostoso, saber que pensas em mim, que gostas de mim, que até já te atreves a dizeres que me amas. São passos enormes que tens dado ultimamente. Espero que os consolides.
È óbvio que eu vou mais adiantado. Já descobri e assumi que gosto de ti, que estou louco por ti, enamorado e intensamente apaixonado. Por isso me falta paciência, por isso acho que é sempre pouco porque queria mais encontro, mais partilha, mais namoro, mais... tudo mais.
Há pouco, ouvi a Fafá de Belém cantar: Quero viver por toda a vida pensando em ti. É isso mesmo que sinto.
Quem havia de dizer que a mim, que falo tanto no hoje, no efémero, me apetece agora viver por toda a vida a pensar em ti? Só pode querer dizer que o que sinto por ti ainda não parou de crescer...
E não consigo deixar de pensar em ti, de sentir um vazio a crescer dentro de mim sempre que me separo de ti. Ainda por cima nunca sei quando vou voltar a reencontrar-te...
Tal como a Fafá também cantou, também me apetece dizer-te: Volta ,fica comigo só mais uma noite, quero viver junto de ti.
Separei-me de ti esta manhã, depois de termos passado cinquenta e seis ou cinquenta e sete horas juntos, e parece-me que passou uma eternidade.
Quem me dera saber, poder adivinhar, quando nos voltamos a encontrar!
Enfim, tudo isto é natural para quem está enamorado, apaixonado, louco de amor.
Apetecia-me ligar-te para te ouvir, para te dizer que gosto muito de ti, que te quero muito, que te amo, mas não o faço agora nem sei se o voltarei a fazer tão cedo. Não o farei se conseguir resistir. Acho que não me devo impor tanto, devo deixar-te espaço, e permitir que, se te apetecer e achares que o deves fazer, sejas tu a contactar-me também. Preciso que isso aconteça, preciso de sentir melhor, com menos ambiguidade, que também tu gostas de mim, me queres e queres namorar comigo. Preciso de me sentir mais seguro.
Está a passar agora um filme erótico na televisão. A actriz faz-me recordar-te melhor, da tua beleza. Quem me dera estar contigo, agora!
Até sempre! Até breve! Adoro-te!
Cá estou eu novamente a escrever-te. Ou será só a escrever para o papel, uma vez que não te tenho entregue os meus últimos escritos?
Preciso, sinto essa necessidade com muita força, de escrever, e depois ler, o que sinto por ti, o que vou sentindo na nossa relação.
Acho que é uma forma de aliviar a tensão resultante dos meus sentimentos mal, ou insuficientemente, vividos e partilhados.
É também uma maneira de tentar compreender o que se passa comigo e o que se passa connosco, talvez seja uma forma de tentar racionalizar um pouco as coisas.
Escrevo porque me apetece. Não sei o que vou escrever, começo a escrever e as ideias, os sentimentos vão tomando forma juntando palavras, algumas pouco utilizadas normalmente mas que nestas ocasiões (de enamoramento) nos saem mais frequentemente e com toda a naturalidade.
Não vale a pena, ao contrário do que dizes, poupar na sua utilização. Não será por isso que elas se banalizam, enquanto as sentirmos, isto é, enquanto estivermos enamorados e apaixonados. Também não será por isso, por muito as utilizarmos, que corremos o risco de nos cansarmos de as pronunciar ou de as escrever. Isso acontecerá quando, e só quando deixarmos de sentir vontade de as pronunciar ou de as escrever porque, entretanto, deixaram de fazer sentido, porque deixamos de sentir os afectos que nos motivavam e impeliam a dizer e a escrever essas palavras.
Enfim, já vai longe esta conversa.
O que quero, hoje, é registar o que penso e o que sinto deste período que passámos juntos.
Apesar de não ter correspondido completamente às minhas expectativas, foi muito bom.
Acho que não correspondeu exactamente ao que desejava porque queria o máximo, que fosse inesquecível pelo prazer que nos proporcionasse, o que aumentou em mim a ansiedade e a tensão, e tu estavas muito menos disponível, continuas com muitas reservas...
Por isso, e pelas limitações que antecipadamente tinhas anunciado que poderiam existir, acho que foi muito bom. Acho que, ainda que por breves momentos, o mundo parou mesmo, pelo menos para mim.
Foi pena que não estivesses mais disponível e que eu, com a minha ansiedade, não tivesse sido capaz de contribuir mais para que se estabelecesse melhor ambiente entre nós, mais descontraído.
Gostava muito de ter sido capaz de aproveitar melhor este tempo, passado na tua companhia, para te procurar conhecer melhor. Às vezes, pareces-me tão enigmática! E parece-me que tu gostas disso, que cultivas isso. Fico enrascado por não perceber bem o que se passa contigo, o que sentes e como sentes, o que queres, que importância atribuis à nossa relação, se constitui um desafio estimulante ou, pelo contrário e tendo em conta as complexidades que encerra, se não será preferível fugir-lhe.
Entendo, e acho bem que faças por preservar isso, que precises de espaço para ti, para os teus amigos, para os teus colegas, para os teus trabalhos, para os teus inúmeros interesses, que são fundamentais para o teu equilíbrio.
Mas julgo que precisarás de dar mais importância e, em consequência, arranjar mais disponibilidade para o namoro, a paixão, o amor. Ou então aquele equilíbrio corre o risco de não ser alcançado.
É bom, é muito gostoso, saber que pensas em mim, que gostas de mim, que até já te atreves a dizeres que me amas. São passos enormes que tens dado ultimamente. Espero que os consolides.
È óbvio que eu vou mais adiantado. Já descobri e assumi que gosto de ti, que estou louco por ti, enamorado e intensamente apaixonado. Por isso me falta paciência, por isso acho que é sempre pouco porque queria mais encontro, mais partilha, mais namoro, mais... tudo mais.
Há pouco, ouvi a Fafá de Belém cantar: Quero viver por toda a vida pensando em ti. É isso mesmo que sinto.
Quem havia de dizer que a mim, que falo tanto no hoje, no efémero, me apetece agora viver por toda a vida a pensar em ti? Só pode querer dizer que o que sinto por ti ainda não parou de crescer...
E não consigo deixar de pensar em ti, de sentir um vazio a crescer dentro de mim sempre que me separo de ti. Ainda por cima nunca sei quando vou voltar a reencontrar-te...
Tal como a Fafá também cantou, também me apetece dizer-te: Volta ,fica comigo só mais uma noite, quero viver junto de ti.
Separei-me de ti esta manhã, depois de termos passado cinquenta e seis ou cinquenta e sete horas juntos, e parece-me que passou uma eternidade.
Quem me dera saber, poder adivinhar, quando nos voltamos a encontrar!
Enfim, tudo isto é natural para quem está enamorado, apaixonado, louco de amor.
Apetecia-me ligar-te para te ouvir, para te dizer que gosto muito de ti, que te quero muito, que te amo, mas não o faço agora nem sei se o voltarei a fazer tão cedo. Não o farei se conseguir resistir. Acho que não me devo impor tanto, devo deixar-te espaço, e permitir que, se te apetecer e achares que o deves fazer, sejas tu a contactar-me também. Preciso que isso aconteça, preciso de sentir melhor, com menos ambiguidade, que também tu gostas de mim, me queres e queres namorar comigo. Preciso de me sentir mais seguro.
Está a passar agora um filme erótico na televisão. A actriz faz-me recordar-te melhor, da tua beleza. Quem me dera estar contigo, agora!
Até sempre! Até breve! Adoro-te!