Terralva, 3 de Janeiro
Apetecia-me voltar a telefonar-te para saber se estás mais bem disposta. Não gostei nada de saber, há pouco, que estavas triste. Não gosto que estejas triste, não sei se tive alguma responsabilidade nisso. Espero que não.
Por isso apetecia-me ouvir-te e saber que já não estás triste ou, se ainda estás, tentar fazer alguma coisa para que a tristeza te passasse.
Mas já passa da meia-noite e tenho receio de te incomodar, de te acordar. Então seria pior a emenda que o soneto... Mas porque estás tu triste? Quem me dera poder fazer alguma coisa para que ficasses alegre, te sentisses bem, feliz...
Gostei muito do dia de ontem. Foi bom apreciar-te nos teus terrenos, foram bons os passeios, foi muito agradável o jantar, enfim, foi, é muito bom estar contigo, ouvir-te falar do que te preocupa, conhecer as tuas ideias, os teus pensamentos sobre diversos assuntos e sobre nós.
Tenho pena de não te poder oferecer perspectivas para uma relação a dois mais interessantes, menos problemáticas, que te fizessem sentir mais atraída para viver uma aventura comigo, eventualmente empolgante, mas com menos riscos para ti, para o teu futuro.
O que gosto de ti, como gosto de ti, a verdade que quero que esteja sempre presente na nossa relação, não me deixam criar falsas expectativas e impedem-me de apresentar só facilidades para o caminho que poderemos vir a experimentar e a trilhar juntos.
Quero-te muito, desejo-te demais, mas não quero fingir que não tenho consciência das dificuldades, nem te quero conquistar de qualquer maneira.
As dificuldades que se colocarão numa relação que entendamos aprofundar são grandes. Mas serão inultrapassáveis? Não conseguiremos ter arte e engenho suficientes para as ultrapassar? O que está a crescer entre nós não conseguirá dar-nos a força necessária para enfrentarmos os obstáculos que adivinhamos surgirem?
Eu acho que entendo o que pretendes duma relação. Penso que será parecido ao que eu desejo também. Ter no outro um porto de abrigo, onde aportamos sempre que precisamos ou nos apetece, que nos pode dar o conforto, o carinho, o amor, a amizade, que nos aceita tal como somos e nada nos cobra, com quem carregamos baterias, com quem nos permitimos libertar os animais que somos, com quem nos despimos à vontade, não só de roupas mas também de preconceitos, com quem somos naturalmente íntimos. Para já não falar no resto, porque não quero ser ainda mais irresponsável do que já sou...
Quando privilegio a paixão ao amor, a intensidade à duração da relação, é porque estou convencido que com as primeiras serei capaz de te fazer feliz, e que relativamente às segundas já não sei.
Gostei do ideal de vida que me apresentaste ontem. Apetece-me desempenhar um papel nele. Não digo mais porque não gosto de simplificar as coisas e muito menos de prometer o que quer que seja.
Quero que entendas que comigo a vida será sempre uma aventura. Sei o que quero, o que desejo, estou disposto a batalhar por isso, mas não sei, cada vez sei menos, até onde sou capaz de chegar e quanto tempo sou capaz de me sentir feliz e de fazer quem amo/amei feliz.
Amo-te!
Apetecia-me voltar a telefonar-te para saber se estás mais bem disposta. Não gostei nada de saber, há pouco, que estavas triste. Não gosto que estejas triste, não sei se tive alguma responsabilidade nisso. Espero que não.
Por isso apetecia-me ouvir-te e saber que já não estás triste ou, se ainda estás, tentar fazer alguma coisa para que a tristeza te passasse.
Mas já passa da meia-noite e tenho receio de te incomodar, de te acordar. Então seria pior a emenda que o soneto... Mas porque estás tu triste? Quem me dera poder fazer alguma coisa para que ficasses alegre, te sentisses bem, feliz...
Gostei muito do dia de ontem. Foi bom apreciar-te nos teus terrenos, foram bons os passeios, foi muito agradável o jantar, enfim, foi, é muito bom estar contigo, ouvir-te falar do que te preocupa, conhecer as tuas ideias, os teus pensamentos sobre diversos assuntos e sobre nós.
Tenho pena de não te poder oferecer perspectivas para uma relação a dois mais interessantes, menos problemáticas, que te fizessem sentir mais atraída para viver uma aventura comigo, eventualmente empolgante, mas com menos riscos para ti, para o teu futuro.
O que gosto de ti, como gosto de ti, a verdade que quero que esteja sempre presente na nossa relação, não me deixam criar falsas expectativas e impedem-me de apresentar só facilidades para o caminho que poderemos vir a experimentar e a trilhar juntos.
Quero-te muito, desejo-te demais, mas não quero fingir que não tenho consciência das dificuldades, nem te quero conquistar de qualquer maneira.
As dificuldades que se colocarão numa relação que entendamos aprofundar são grandes. Mas serão inultrapassáveis? Não conseguiremos ter arte e engenho suficientes para as ultrapassar? O que está a crescer entre nós não conseguirá dar-nos a força necessária para enfrentarmos os obstáculos que adivinhamos surgirem?
Eu acho que entendo o que pretendes duma relação. Penso que será parecido ao que eu desejo também. Ter no outro um porto de abrigo, onde aportamos sempre que precisamos ou nos apetece, que nos pode dar o conforto, o carinho, o amor, a amizade, que nos aceita tal como somos e nada nos cobra, com quem carregamos baterias, com quem nos permitimos libertar os animais que somos, com quem nos despimos à vontade, não só de roupas mas também de preconceitos, com quem somos naturalmente íntimos. Para já não falar no resto, porque não quero ser ainda mais irresponsável do que já sou...
Quando privilegio a paixão ao amor, a intensidade à duração da relação, é porque estou convencido que com as primeiras serei capaz de te fazer feliz, e que relativamente às segundas já não sei.
Gostei do ideal de vida que me apresentaste ontem. Apetece-me desempenhar um papel nele. Não digo mais porque não gosto de simplificar as coisas e muito menos de prometer o que quer que seja.
Quero que entendas que comigo a vida será sempre uma aventura. Sei o que quero, o que desejo, estou disposto a batalhar por isso, mas não sei, cada vez sei menos, até onde sou capaz de chegar e quanto tempo sou capaz de me sentir feliz e de fazer quem amo/amei feliz.
Amo-te!