Terralva, 31 de Janeiro
Olá Gatinha! Deixa-me tratar-te assim. Apetecia-me chamar-te minha, mas não me atrevo...
De qualquer modo deixa-me chamar-te Gatinha, porque és mesmo uma gatinha. Esse teu aspecto felino, esse teu olhar é mesmo o de uma gatinha muito linda.
Hoje não me apetece pensar nem falar em coisas tristes. Vou esquecer a tua decisão e pensar que está tudo bem, tudo numa boa. Se estou iludido, deixa-me viver essa ilusão tão maravilhosa.
Foi tão bom conhecer-te, ter podido passar uns bons momentos contigo, olhar para ti, falar contigo, ouvir-te, quer as tuas opiniões quer as tuas gargalhadas, tocar-te, acariciar-te, abraçar-te, beijar-te,...
Sinto tanta ternura por ti. Quem me dera poder-lhe dar largas, dar-ta...
Não paro de pensar em ti, em todas as circunstâncias, a propósito de tudo e de nada. Isso quer dizer que sinto vontade de partilhar contigo muita coisa, porque te quero conhecer cada vez melhor, porque acho que isso será uma descoberta gratificante, porque como, por repetidas vezes tenho dito, acho que és uma mulher cheia de potencialidades que devem ser estimuladas e transformadas em capacidades, o que fará de ti uma mulher com cada vez mais interesse.
És uma mulher com quem não se corre o risco de cansar rapidamente. Tens sempre algo mais para dar desde que sejas estimulada. Deixa-me estimular-te. Acho que sempre que isso tem acontecido tem sido gratificante.
Para mim tens-te tornado cada vez mais irresistível.
Viver sem ti, não poder contar contigo, não poder partilhar contigo as nossas intimidades, habituar-me a não me encontrar contigo, nem que seja só de vez em quando, não poder falar contigo, não poder olhar para ti e apreciar esse sorriso tão belo, é tão difícil de imaginar, de aceitar...
Foi bom enamorar-me de ti, apaixonar-me tão depressa por ti, mostrou-me que estou bem vivo e que tu exerces uma grande atracção em mim.
És linda, és divertida, tens e transmites um grande prazer pela vida. És positiva e independente. És uma profissional com sentido de responsabilidade e empenhada.
Naturalmente que, embora a minha paixão por ti me faça ver-te quase perfeita, não és perfeita. Mas as características positivas ultrapassam largamente as negativas, que tenho dificuldade em identificar.
Alimento esperanças de que reconsideres a tua posição e que voltes a dispor a namorar comigo. É o que mais desejo na vida neste momento. Dás-me energia, contigo sinto-me com mais entusiasmo para enfrentar os desafios da vida e do futuro.
Sem ti, tudo será mais difícil e complexo. Naturalmente que a vida continuará, mas com menos graça, com menos interesse. Amo-te muito. Gosto muito de ti e gosto muito de gostar de ti.
Se persistires na tua posição, restar-me-á lamentar não ter tido a arte e o engenho de te conquistar, de despertar em ti atracção, interesse, amor por mim.
Não sei se devo desistir já de ti...
publicado por jmartinsdocabo às 18:53
Terralva, 28 de Janeiro
Não me sais da cabeça. Não consigo deixar de pensar em ti. Não pára de doer aqui dentro. O coração tem cada aperto...
Tentei não escrever hoje, mas não consegui resistir. Preciso de falar contigo, mas, como não consigo, escrevo para ti, mesmo que estes escritos nunca te cheguem ou que nunca os leias.
Custa-me muito aceitar as explicações que deste para acabar com o nosso romance. Deixa-me chamar assim à nossa relação. As explicações que deste, se forem as únicas razões para acabar, parecem-me manifestamente insuficientes.
Acho que me estou a repetir, mas deixa-me dizer-te: das duas uma ou já sentias que me amavas, como chegaste a dizer, gosta de mim e achas-me um homem interessante, com quem sentes prazer de conviver e partilhar parte da tua vida, e, neste caso, as explicações não justificam a tua tomada de posição, e estás a enganar-te a ti própria e a fazer-me sofrer desnecessariamente, ou, afinal, as razões da tua decisão são outras que, por quaisquer razões, não quiseste apresentar.
Disseste, e eu também já te tinha dito e percebo que isso sempre acontecesse, que nunca te mostraste completamente.
Significará isso que escondeste as verdadeiras razões para não deixar continuar e desenvolver a nossa relação, o nosso romance?
Se há outras razões, para além das explicações que deste, e não as queres apresentar, podias ter dito muito simplesmente: não quero continuar esta relação, quero que as coisas fiquem por aqui, e não quero justificar nem falar mais nisso. Não sei se assim restariam mais dúvidas do que com as explicações que deste.
Mas isso é contigo. Tu lá sabes o que queres da vida e com quem, e como, a queres partilhar.
Eu, neste momento, sei bem o que quero e do que preciso para me sentir equilibrado, bem, e a experimentar momentos de felicidade. - És tu! Mas isso não depende de mim, não tenho qualquer hipótese de te ter, se tu, por qualquer razão, não quiseres, não quiseres ser a minha namorada.
É isso que eu quero e preciso namorar! E tu aconteceste para mim. Custa-me muito, dói muito que não possa continuar a namorar contigo, quando estava a ser tão bonito, tão gratificante.
Foi a minha impaciência, a pressão que exerci sobre ti, ou qualquer outra coisa que fiz, que contribuiu para essa tua decisão? Se assim foi, quem me dera que me desses outra oportunidade de te mostrar que estou disponível e disposto a ser mais paciente e a esperar que sejas tu a tomar a iniciativa e a comandares os acontecimentos. Estou disposto a esperar por ti.
Não me apetece procurar outras, porque, neste momento, concentras a minha atenção, o meu interesse. É contigo que quero namorar, porque é de ti que me sinto apaixonado.
Amo-te!
publicado por jmartinsdocabo às 22:46
Terralva, 27 de Janeiro
Sinto-me perdido, KO! Se te lembras, algumas vezes te disse que, quando comecei a perceber que estava a ficar apanhado por ti, nada fiz para evitar que isso acontecesse, porque gostei de sentir que era, ainda, capaz de me apaixonar, e ainda por cima por ti, mulher em quem reconheço tantas qualidades que tanto me agradam. E assim deixei que as coisas acontecessem sem rede. Agora, e por isso, o trambolhão foi muito violento, deixou-me todo amachucado, perdido.
Sinto-me sem vontade, sem prazer pela vida, nada me apetece a não ser ficar só a curtir a solidão, a pensar em ti, nos bons momentos que partilhamos, a escrever-te, como agora estou a fazer, porque assim me sinto a comunicar contigo, mesmo admitindo que estes escritos nunca te cheguem às mãos, ou, se isso acontecer, nunca os leias.
Quantas vezes me apetece ligar-te, quantas vezes penso em tantas coisas a dois, porque me fui, progressivamente, habituando a pensar assim, porque é complicado mudar de caminho, principalmente, quando nos convencemos de que estamos a trilhar o melhor e dele gostamos.
Ainda não consegui aceitar as coisas como as colocaste, porque tenho esperança que te tenhas precipitado e que venhas a reconsiderar a tua posição.
Mas se isso assim não acontecer, e se a tua decisão for mesmo definitiva, terei que aprender a viver sem contar contigo, o que, para além de levar tempo, vai ser muito doloroso. Por isso continuo a não querer acreditar que as coisas tenham terminado, ainda por cima, assim sem mais.
O tempo se encarregará de esclarecer a situação.
Entretanto, sofro com a tua ausência, com a solidão para que me sinto atraído e de que não me apetece sair.
Tudo perdeu importância para mim. Não consigo desligar, descolar de ti, o meu pensamento está sempre a correr para ti, a fixar-se em ti. O coração aperta, vai rebentar, se não conseguir libertar os sentimentos que tenho por ti.
Há pouco, ao ver na televisão notícias sobre o mau tempo e as estradas, aí para as tuas bandas, cheias de água, apeteceu-me correr para o telefone para saber notícias tuas, se nada de mal te aconteceu. Não consigo evitar pensar em ti, deixar de preocupar-me contigo. Isto é superior à razão, sente-se naturalmente e é difícil exercer algum autocontrole, não fazendo o que nos apetece, para que nos sentimos atraídos.
Estando enamorado de ti, como estou, ainda não consegui imaginar que tenha de desistir de ti, que tenha de reaprender a viver sem amor, destruindo uma paixão tão linda, tão terna, tão gostosa.
Oh meu amor, minha Gatinha, diz-me que tudo isto não passa de um engano, de uma precipitação, de um pesadelo... Quem me dera acordar e ter-te a meu lado!
Quero-te tanto! Adoro-te.
publicado por jmartinsdocabo às 23:04
Terralva, 25 de Janeiro
Aqui volto novamente a escrever-te e a interrogar-me porque o faço, para quem o faço.
Faço-o porque sinto necessidade de expressar o que sinto, para que tenha possibilidade de racionalizar os meus sentimentos, para ti, que te amo perdidamente.
Cheguei agora de viagem, a casa. No caminho, reparei, às tantas, que vinha a cento e sessenta quilómetros à hora. Reflecti um pouco e abrandei. Percebi que o estava a fazer não por ter pressa mas porque a vida para mim, neste momento, não faz muito sentido. Pela mesma razão não sinto necessidade de ter cuidado com o que como e bebo, mesmo sabendo que me faz mal. Apesar de tudo isso, abrandei.
Fui, a correr, transmitir a um amigo uma notícia desagradável de que tive conhecimento. Soube que lhe pretendem fazer uma canalhice. Não resisti, tive de lhe ir falar, pô-lo ao corrente do que estão a preparar para lhe fazer.
Há dias, encontrei um amigo que me contou que a filha e outros colegas , tendo sentido que estavam a ser tratados injustamente por uma entidade socio-religiosa, foram falar com o bispo, e este, ouvindo o relato dos jovens, tê-los-á aconselhado a sujeitarem-se ao que o responsável por aquela entidade pretendia, dizendo-lhes que os alentejanos dão muita importância à dignidade, mas que ele, não sendo alentejano, prefere viver a manter a dignidade.
Isto revolta-me! A canalhice e a falta de dignidade, venham elas de onde vierem. É uma vergonha!
Estou dormente, sem rumo, mas hipersensível, com um sentido agudo de justiça e de dignidade.
Custa-me acomodar perante a tua decisão de pôr fim à nossa relação pelas razões que invocaste. Apetece-me ir à luta, demonstrar-te que estás errada, que o caminho não é esse. Mas o respeito por ti, pelas tuas opiniões e decisões travam-me.
Quero-te! Mas quero-te de corpo inteiro e de alma aberta. Não te quero condicionada. Tenho um enorme respeito pelos outros, e por ti em especial, e isso obriga-me a respeitar a tua vontade por mais errada que a considere. Tenho um elevado nível de dignidade e isso impede-me de me ajoelhar e pedir-te que reconsideres.
Desculpa a baralhada. É o reflexo do meu estado de espírito. Mas isto entra nos eixos. A bem ou a mal, ou seja, ou voltas atrás na tua decisão, a tempo, de podermos retomar e fruir tudo o que a nossa relação nos pode proporcionar, ou manténs a tua decisão e terei de reaprender a viver, ou melhor dizendo, a sobreviver sem ti.
Quem me dera que preenchesses o buraco que abriste no meu coração! Tenho tanto para te dar, quero dar-te tanto! Sou teu! Até sempre.
publicado por jmartinsdocabo às 23:01
Terralva, 24 de Janeiro
Acabou! Ainda nem caí em mim. Acho que, no mais fundo do meu íntimo, admitia que era isso que ia acontecer, Mas recusava-me a aceitar que seria isso que estava para acontecer.
Andava a tentar resistir à tentação de te telefonar, mas hoje vi-te e tornou-se claro para mim que tinha de falar contigo, tinha de saber o que se estava a passar.
Acabamos agora mesmo de falar. Nem agora, nem há pouco quando te telefonei a primeira vez, disseste o teu tão característico olé!, nem soltaste a tua gargalhada.
Respondeste num tom de forçado frio. Não perdeste tempo, e ainda bem, em dizer que tinhas algo a dizer-me que não era agradável. Ainda perguntaste se queria ouvir, um pouco hesitante. Naturalmente que respondi que sim, que queria ouvir, que não importava se era desagradável, que o que importava era que fosse sentido e sincero.
Então leste-me (tão bem, tão bonito que só foi pena não ser uma declaração de amor) o que tinhas escrito: que, apreciando as coisas, as diversas implicações da nossa relação, a importância que atribuis à tua carreira, o não gostares de confusões nem de relações meio encobertas, tinhas decidido pôr fim à nossa relação, embora gostasses muito de mim, concluindo que era melhor nada mais dizeres.
Dito isto, e depois de uns momentos de silêncio, disse-te, que perante a conclusão a que tinhas chegado, nada mais havia a dizer.
Respondeste que não tinha que ser assim, que aquela conclusão podia ter outro sentido.
Disse-te então que o que me leste podia ser entendido de duas maneiras: a mais simples para ti, era a de teres concluído que o afecto, os sentimentos que sentias por mim não te terem envolvido tanto quanto chegaste a admitir; a outra, mais complexa e, eventualmente, dolorosa, era a de quereres fugir de sentimentos fortes.
Disse-te ainda que essa tua decisão em nada afectaria o nosso outro relacionamento, porque acredito, como algumas vezes te disse, nas tuas potencialidades, considero que as tuas capacidades serão importantes para a Organização, e para mim mesmo, na colaboração com que espero poder continuar a contar.
Disse-te, finalmente, que te amo, que não esperava apaixonar-me tão depressa nem tão perdidamente (aqui com um duplo sentido), que gostei muito de namorar contigo, que não dava por mal empregue um só segundo que passei contigo. Que fico com um buraco muito grande no meu peito por te perder.
Desejei-te, sinceramente, que fosses feliz ou, mais correctamente, que tivesses momentos de felicidade se fosses capaz, e, a rir-me, que isso acontecesse comigo.
Enfim, acho que não quis nem quero admitir que a tua conclusão seja definitiva.
Ou eu já não consigo conhecer e compreender as pessoas, ou tu és uma excelente actriz, não me tendo deixado conhecer-te minimamente.
Na segunda hipótese dou-te os parabéns e sugiro-te que consideres aquela outra carreira.
Mas se ainda mantenho alguma capacidade de conhecer as pessoas e de as compreender, posso-te garantir que não será fácil para ti manter essa decisão, por mais que fujas de mim. O tempo o dirá. Espero que não demore muito.
A não ser que rapidamente te deixes atrair por outro, que satisfaça minimamente as tuas exigências, espero que chegues a outra conclusão. Não acredito que fingisses quando me dizias que gostas muito de mim, que a minha companhia te é agradável e gratificante, e, até, que me amas também.
Se me amavas, ainda me amas. Se estavas num processo de crescente ligação a mim, este corte não vai ser só doloroso para mim.
Para mim é muito doloroso. O sentimento de perda não dói apenas porque não te conquistei, e isso me amachuca o ego, mas essencialmente, porque te perco, porque perco a pessoa de quem me enamorei, quase sem dar por isso, de quem me apaixonei louca e perdidamente, a quem amo com tanta ternura, com quem sonhei passar momentos de felicidade.
Como disse no princípio, ainda não caí em mim, não quero acreditar que seja verdade, recuso-me a aceitar que seja definitivo.
Que faço agora? Sinto-me perdido, sem rumo. Fico à tua espera? Vou para o engate, utilizar quem não tem culpa dos meus desgostos? Volto a empedernir-me, fugindo da paixão e do amor? Afogo-me ainda mais no trabalho?
Esperam-me tempos difíceis. Saberei, como sempre tem acontecido, encontrar solução, caminho para continuar a vida.
Não contava, tão cedo, ter de gerir mais um grande desgosto de amor.
AMO-TE! Até sempre.
publicado por jmartinsdocabo às 21:07
Terralva, 22 de Janeiro
Cá estou eu no meu cais. Chegou ao fim mais um dia em que não te vi, não te ouvi nem soube de ti.
Nada disto teria qualquer importância especial não fora o caso de estar perdidamente apaixonado por ti, e, por isso, não parar de pensar em ti, estar a todo o momento à espera de um sinal teu, de um telefonema, de uma mensagem, só me apetecer ver-te, ouvir-te, estar contigo, amar-te, amar-te.
Quero tanto apanhar uma bebedeira de amor contigo! Para isso é preciso disponibilidade e disposição. É preciso tempo, querer, descontracção. Nada de pressas, nada de reservas, soltar os animais e deixá-los satisfazerem-se.
Será que isto vai acontecer? Não sei, tenho dúvidas, que tu alimentas ou não desfazes. Não importa. Estou iludido? Deixa-me viver essa ilusão. Pelo menos assim, tento adivinhar como seria (será?) bom, gostoso, gratificante. Assim sonho como poderia (poderei?) experimentar a felicidade contigo.
Sonho contigo, minha Gatinha. Recordo a tua felina figura, o teu ar ora meigo ora provocante, ora terno ora mandão, o teu olhar lindo, ora suave ora agressivo, o teu sorriso belo e desconcertante, o teu cabelo macio e belo, a tua boca sensual e provocadora, o teu pescoço esbelto, a tua pele macia, e todo o teu corpo tão apetitoso...
Só de pensar em ti fico esbraseado, com um desejo, quase insuportável, de ti, fico cada vez mais louco, louco por ti.
Quem me havia de dizer que me ia apaixonar, como está a acontecer, tão depressa outra vez. Naturalmente que tal se deve a ti. És bonita, sensual, inteligente, cheia de vida e de gosto pela vida, desinibida, com interesses diversificados, muitas potencialidades, com conversa interessante.
Ao apreciar-te com um pouco de atenção despertaste-me atenção e desejo. Surpreendi-me como não tinha antes reparado bem em ti e na tua figura.
Ao contactar contigo fui-me, progressivamente, apercebendo das tuas potencialidades e capacidades. O meu interesse por ti não mais parou de crescer. Cada vez mais sinto que podes satisfazer os meus interesses e necessidades. Assim sendo, à beleza e ao humor que tão bem te caracterizam, fui sentindo uma crescente dependência de ti (penso em ti, espero por ti, quero-te a todo o momento), sinto necessidade de te ser fiel, sem que alguma vez o tivesse prometido ou mo tivesses pedido, antes pelo contrário. Espero cada vez mais de ti, que sejas gentil e camarada, que tenhas para comigo um tratamento justo, e desejo, do fundo do coração, ser capaz me tornar importante para ti.
Tens-me dito que pensas em mim, que gostas de mim, até já disseste que me amas, que somos namorados, que sou um homem interessante, que não passo despercebido, que desperto interesse nas mulheres. Quero acreditar que tudo isso é assim. Neste momento, só quero ser importante para ti. És tu que eu amo, é por ti que me enamorei e apaixonei. É a ti que eu quero fazer experimentar a felicidade. Deixa-me tentar. Estou convencido que não te desiludirei.
Adoro-te minha Gatinha!
publicado por jmartinsdocabo às 23:54
Terralva, 21 de Janeiro
Queria tanto estar contigo, saber de ti!
Senti-me tentado a ligar-te, como tantas vezes acontece, mas resisti à tentação. Fiz bem? Fiz mal?
Tal com a Simone canta:
...Rareia o ar
Ser não ser
Negar querer
Fugir ficar...,
é isso que eu sinto. Sinto-me cheio de dúvidas quanto à nossa relação, ao que queres dela, ao que estás disposta a apostar nela, ao que vai acontecer.
Ainda como a Simone canta:
Será só imaginação
Será que nada vai acontecer
Será que é isso tudo em vão
Será que vamos conseguir vencer,
são também estas dúvidas que me fazem sentir tenso, cheio de ansiedade.
Também entendo bem as palavras cantadas pela Fafá:
Te abracei com força para ouvir teu coração
E já não tinha mais tanta emoção
Enganei o tempo e a solidão para te esperar
Mas teu tempo era curto demais
Para falar de coisas tão banais.
É assim, não é? O teu tempo é curto demais p'ra falar de coisas tão banais, próprias só de quem está apaixonado.
Que importa se falo e escrevo coisas tão banais, ou mesmo ridículas? Falo e escrevo o que dita o meu coração.
Sei que a vida está brabeira
Tanto amor na corda bamba
Que a alegria é passageira
Frágil como porcelana,
canta a Simone, traduzindo o que sinto.
Amo-te, desejo-te mais do que a qualquer outra pessoa ou coisa, quero-te com quantas forças tenho, estou apaixonado por ti, sinto-me louco, louco por ti.
Deixa-me repetir estas banalidades enquanto as sentir e tiver vontade de as dizer ou escrever.
Não tenho medo que se gastem. Só receio que não possa fruir tudo o que elas significam contigo, meu amor, meu bem querer.
Como canta a Fafá no É tão bom te amar:
Derrama teu amor na minha vida
Aperta minha mão, me dá prazer
Meu coração espera teu amor
Sedento de emoção e bem querer,
e ainda,
Não me faça solidão, amor
Eu preciso de você
Vem regar meu coração de amor
Que tá doido p'ra te ver.
Eu preciso de ti, cada vez preciso mais de estar contigo, de partilhar contigo a minha vida...
Acho que vale a pena esta mania de te amar.
publicado por jmartinsdocabo às 00:18
Terralva, 19 de Janeiro
Cá estou eu novamente a escrever-te. Ou será só a escrever para o papel, uma vez que não te tenho entregue os meus últimos escritos?
Preciso, sinto essa necessidade com muita força, de escrever, e depois ler, o que sinto por ti, o que vou sentindo na nossa relação.
Acho que é uma forma de aliviar a tensão resultante dos meus sentimentos mal, ou insuficientemente, vividos e partilhados.
É também uma maneira de tentar compreender o que se passa comigo e o que se passa connosco, talvez seja uma forma de tentar racionalizar um pouco as coisas.
Escrevo porque me apetece. Não sei o que vou escrever, começo a escrever e as ideias, os sentimentos vão tomando forma juntando palavras, algumas pouco utilizadas normalmente mas que nestas ocasiões (de enamoramento) nos saem mais frequentemente e com toda a naturalidade.
Não vale a pena, ao contrário do que dizes, poupar na sua utilização. Não será por isso que elas se banalizam, enquanto as sentirmos, isto é, enquanto estivermos enamorados e apaixonados. Também não será por isso, por muito as utilizarmos, que corremos o risco de nos cansarmos de as pronunciar ou de as escrever. Isso acontecerá quando, e só quando deixarmos de sentir vontade de as pronunciar ou de as escrever porque, entretanto, deixaram de fazer sentido, porque deixamos de sentir os afectos que nos motivavam e impeliam a dizer e a escrever essas palavras.
Enfim, já vai longe esta conversa.
O que quero, hoje, é registar o que penso e o que sinto deste período que passámos juntos.
Apesar de não ter correspondido completamente às minhas expectativas, foi muito bom.
Acho que não correspondeu exactamente ao que desejava porque queria o máximo, que fosse inesquecível pelo prazer que nos proporcionasse, o que aumentou em mim a ansiedade e a tensão, e tu estavas muito menos disponível, continuas com muitas reservas...
Por isso, e pelas limitações que antecipadamente tinhas anunciado que poderiam existir, acho que foi muito bom. Acho que, ainda que por breves momentos, o mundo parou mesmo, pelo menos para mim.
Foi pena que não estivesses mais disponível e que eu, com a minha ansiedade, não tivesse sido capaz de contribuir mais para que se estabelecesse melhor ambiente entre nós, mais descontraído.
Gostava muito de ter sido capaz de aproveitar melhor este tempo, passado na tua companhia, para te procurar conhecer melhor. Às vezes, pareces-me tão enigmática! E parece-me que tu gostas disso, que cultivas isso. Fico enrascado por não perceber bem o que se passa contigo, o que sentes e como sentes, o que queres, que importância atribuis à nossa relação, se constitui um desafio estimulante ou, pelo contrário e tendo em conta as complexidades que encerra, se não será preferível fugir-lhe.
Entendo, e acho bem que faças por preservar isso, que precises de espaço para ti, para os teus amigos, para os teus colegas, para os teus trabalhos, para os teus inúmeros interesses, que são fundamentais para o teu equilíbrio.
Mas julgo que precisarás de dar mais importância e, em consequência, arranjar mais disponibilidade para o namoro, a paixão, o amor. Ou então aquele equilíbrio corre o risco de não ser alcançado.
É bom, é muito gostoso, saber que pensas em mim, que gostas de mim, que até já te atreves a dizeres que me amas. São passos enormes que tens dado ultimamente. Espero que os consolides.
È óbvio que eu vou mais adiantado. Já descobri e assumi que gosto de ti, que estou louco por ti, enamorado e intensamente apaixonado. Por isso me falta paciência, por isso acho que é sempre pouco porque queria mais encontro, mais partilha, mais namoro, mais... tudo mais.
Há pouco, ouvi a Fafá de Belém cantar: Quero viver por toda a vida pensando em ti. É isso mesmo que sinto.
Quem havia de dizer que a mim, que falo tanto no hoje, no efémero, me apetece agora viver por toda a vida a pensar em ti? Só pode querer dizer que o que sinto por ti ainda não parou de crescer...
E não consigo deixar de pensar em ti, de sentir um vazio a crescer dentro de mim sempre que me separo de ti. Ainda por cima nunca sei quando vou voltar a reencontrar-te...
Tal como a Fafá também cantou, também me apetece dizer-te: Volta ,fica comigo só mais uma noite, quero viver junto de ti.
Separei-me de ti esta manhã, depois de termos passado cinquenta e seis ou cinquenta e sete horas juntos, e parece-me que passou uma eternidade.
Quem me dera saber, poder adivinhar, quando nos voltamos a encontrar!
Enfim, tudo isto é natural para quem está enamorado, apaixonado, louco de amor.
Apetecia-me ligar-te para te ouvir, para te dizer que gosto muito de ti, que te quero muito, que te amo, mas não o faço agora nem sei se o voltarei a fazer tão cedo. Não o farei se conseguir resistir. Acho que não me devo impor tanto, devo deixar-te espaço, e permitir que, se te apetecer e achares que o deves fazer, sejas tu a contactar-me também. Preciso que isso aconteça, preciso de sentir melhor, com menos ambiguidade, que também tu gostas de mim, me queres e queres namorar comigo. Preciso de me sentir mais seguro.
Está a passar agora um filme erótico na televisão. A actriz faz-me recordar-te melhor, da tua beleza. Quem me dera estar contigo, agora!
Até sempre! Até breve! Adoro-te!
publicado por jmartinsdocabo às 19:56
Terralva,15 de Janeiro
Acabamos agora mesmo de falar. Foi óptimo! Tenho andado muito tenso, porque o desejo de estar contigo, de partilhar tanta coisa contigo faz-me sentir muito inquieto.
Tinha tantas saudades tuas, de falarmos um bocado! Fiquei tão contente por te ires abrindo, falando do que sentes, e de ires sentindo progressivamente o que eu já sinto por ti.
Isso aumenta a esperança, e mesmo a confiança, numa relação cada vez mais satisfatória e gratificante entre nós.
Vamos, finalmente, ter a oportunidade de passar três noites e dois dias juntos. É certo que os dias serão ocupados em actividades profissionais, mas o facto de estarmos juntos, de termos as noites por nossa conta, vai ser uma maravilha. Vamos conhecer-nos melhor, vamos partilhar novas experiências, vamos amar-nos intensamente.
Finalmente, vou ter-te, minha querida. Finalmente, vou poder entregar-me totalmente a ti, minha adorável ninfa.
Não quero precipitar nada, não quero antecipar o futuro, quero só (e é tanto!) viver, o mais intensamente possível, o presente contigo, meu amor.
Mas não resisto a imaginar o momento em que nos vamos encontrar, a alegria que vamos partilhar por estarmos juntos, o libertar dos nossos sentimentos que vai acontecer, o provocar os nossos desejos mais profundos, a entrega, a dádiva, a partilha do que mais íntimo e melhor temos, e, enfim, fazermos amor, com muita vontade, com muito desejo, com muito amor.
Vai ser uma festa! O mundo vai parar, porque só nós dois vamos contar, porque vamos fazer amor, com muito amor, muita paixão. Vai ser lindo, vai ser inesquecível, vai ser uma experiência única nas nossas vidas!
Não quero ser exigente, não quero elevar a fasquia, não quero criar tensões desagradáveis que podem complicar a nossa primeira vez.
Mas estou convencido, pela intensidade dos nossos sentimentos, a que vamos dando largas com cada vez mais à vontade e vontade, que vai ser uma oportunidade que iremos viver muito intensamente.
Vai ser muito bonito, vai ser uma festa, vamos exaltar e libertar os nossos sentimentos e desejo, e gozar intensamente.
Viva o amor! Viva o nosso amor!
Quero-te tanto! Adoro-te! Adoro-te! Adoro-te!
publicado por jmartinsdocabo às 23:04
Terralva, 13 de Janeiro
Não imaginas como foi bom receber a mensagem que ontem me enviaste: Penso em ti. Beijo! Estava mesmo a precisar disso, animou-me.
É difícil passar-se sem o outro, quando se está apaixonado. Quando se quer descobrir mais, conhecer melhor, partilhar ideias, sonhos, projectos com o outro.
É uma fase de interesse crescente. É difícil dar-lhe vazão e quase insuportável conter tudo o que se quer partilhar com o outro. É uma fase complexa mas simultaneamente exaltante. Todos os nossos sentidos são exacerbados. Tudo o que experimentamos juntos nos parece novo, bonito, gratificante.
É bom, é gostoso, é único, por mais vezes que se experimente, viver uma paixão, mesmo que depois não se consiga manter o amor ou, nem sequer, a amizade que conduziram aquele estado ou que o sustentam enquanto dura. Apetece virar costas a tudo e partir para uma ilha deserta onde possamos ter todo o tempo para olharmos um para o outro, para nos tocarmos, darmos as mãos, trocarmos opiniões sobre tudo o que nos ocorra, para olharmos e apreciarmos o que nos envolve, para nos acariciarmos, para nos beijarmos, para amarmos. Tudo com a maior intensidade. Darmos e recebermos tudo o que se tem é o que queremos.
É assim que eu me sinto apaixonado, louco, louco por ti.
Tudo isso pode levar à irresponsabilidade, a fazer coisas, a tomar atitudes menos convenientes. Por mim estou-me já nas tintas para as conveniências. Mas talvez não seja o melhor caminho, especialmente para ti, a seguir. Talvez seja preferível pensarmos, enquanto tal for possível, na forma de consumarmos a nossa paixão, com o mínimo de estragos em áreas mais materiais e menos afectivas mas que também são importantes na vida.
Não desperdicemos esta oportunidade de viver a paixão. Há quem a procure e não a consiga encontrar. Se ela nasceu e se está a desenvolver entre nós devemos frui-la, vivê-la. Dessa experiência sairemos mais fortes, mais crescidos, mais maduros.
Demos graças às circunstâncias que nos permitiram conhecermo-nos e a nós próprios, por termos a capacidade de nos deixarmos atrair um pelo outro e desenvolver uma relação crescentemente bonita e gratificante.
Quero-te muito! Espero que sejamos capazes, agora, de ir até ao fim, de libertarmos tudo o que de mais bonito temos dentro de nós e o partilhemos. Vamos a isso!
Vou fazer-te sentir feliz como nunca te sentiste, porque me sinto muito feliz por me ter apaixonado por ti.
Adoro-te! Adoro-te! Adoro-te!
publicado por jmartinsdocabo às 22:30